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Uma gigantesca boca elaborada por Vera Figueiredo “engolia” os visitantes da 12ª Bienal, demonstrando a força das derivações do neoconcretismo. Instalações e ambientes que apelavam para todos os sentidos do espectador foram reunidos no segmento Arte e Comunicação. Em substituição às comissões técnicas, a nova estrutura de seleção sob organização do Conselho de Arte Cultura (CAC) recusou 90% das obras brasileiras inscritas e a representação brasileira selecionou cem artistas por meio de júris regionais (Fortaleza, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba). Obras de Kandinsky são expostas pela primeira vez na América do Sul, trazidas pela delegação francesa.

Presidente da Bienal: Ciccillo Matarazzo
Secretariado técnico: Antonio Bento, Bethy Giudice, Ciccillo Matarazzo, Mário Wilches, Vilém Flusser
No júri de seleção: Geraldo Ferraz, Clarival Valladares, Lisetta Levi, Walmir Ayala
No júri de premiação: Antonio Bento, Donald Baum, Jiří Kotalík

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"Ao recusar 90% das obras dos brasileiros inscritos na 12ª edição, a Bienal de São Paulo provocou também a criação de uma mostra paralela: A Bienal dos Recusados. Assim no dia 5 de outubro, enquanto as autoridades inauguravam a exposição no Ibirapuera, a Galeria Espade, na rua Pamplona, em São Paulo, abria as portas para as obras de 78 dos 236 rejeitados pelo júri".

AMARANTE, Leonor. As Bienais de São Paulo / 1951 a 1987. São Paulo: Projeto, 1989, p.214

"O pintor Fred Forest publicou uma série de espaços em branco nos jornais O Globo de 1973, convidando o leitor do jornal a encaminhar uma mensagem para ser apresentada na Bienal. O artista tinha em vista “tirar as pessoas da passividade, fazê-las pensar, entrando em contato com outras pessoas".

"UTILIZE ESTE ESPAÇO E PARTICIPE DA XII BIENAL". O Globo, 04 out. 1973

"A XII Bienal ainda é lembrada pela presença de um conjunto de 22 obras do russo Wassily Kandinsky, trazido pela delegação da França, que destoava do caráter lúdico geral da mostra. Era  a primeira vez que obras de alto nível do artista desembarcavam na América do Sul com uma proposta rigorosamente distinta da arte de participação. Segundo ele, 'o espectador deve aprender a ver. Ele deve admitir que uma obra de arte não é um espelho da realidade, mas um equivalente plástico de um estado de alma".

FARIAS, Agnaldo (org.). Bienal 50 Anos, 1951-2001. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 2001, p.165

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