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Significativas mudanças marcaram a primeira Bienal sem Ciccillo: a seleção de um Conselho de Arte e Cultura com liberdade para desenvolver o programa da exposição, dentre as novas regras está a exigência de que as Representações Nacionais sigam os temas propostos pela Bienal de São Paulo para a seleção de artistas, modelo inspirado novamente na Bienal de Veneza. O CAC define três capítulos para a exposição: Exposições Antológicas (substituindo as salas especiais), Grandes Confrontos e Proposições Contemporâneas – esta última composta de sete temas: Arqueologia do Urbano, Recuperação da Paisagem, Arte Catastrófica, Vídeo Arte, Poesia Espacial, O Muro como Suporte de Obras, Arte Não-Catalogada.

Presidente da Bienal: Oscar Landmann
Conselho de Arte e Cultura: Alberto Beuttenmüller, Clarival do Prado Valladares, Leopoldo Raimo, Lisetta Levi, Marc Berkowitz, Maria Bonomi, Yolanda Mohalyi
No júri de seleção: Olívio Tavares de Araújo, Radha Abramo
No júri de premiação: Clarival Valladares, Marcia Tucker, Toshiaki Minemura

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"Hoje apresentamos ao público uma Bienal que sofreu alterações radicais. Por primeira vez ela foi programada por um Conselho de Arte, ao qual outorgamos completa autonomia para ir ao encontro dos interesses dos artistas e dos críticos de arte. O novo regulamento, que apresentamos na introdução deste catálogo, foi elaborado pelo mencionado Conselho de Arte e está baseado na instalação de sete Proposições Contemporâneas de Salas Confronto e de Salas Antológicas".

LANDMANN, Oscar P. "Apresentação". In XIV Bienal Internacional de São Paulo. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1977, p.1

"Batatas, salames, gaiolas, pedaços de carne, veias, arames, terra, uma televisão ligada o tempo todo… Esse universo aparentemente caótico, que compunha a instalação Signos em Eco-Sistemas Artificiais, do Grupo dos Treze de Buenos Aires, deu à Argentina o privilégio de ser o único país latino-americano a receber o prêmio máximo da Bienal internacional de São Paulo".

AMARANTE, Leonor. As Bienais de São Paulo / 1951 a 1987. São Paulo: Projeto, 1989, p.244

"Uma parcela significativa da representação brasileira, confirmando uma impressão deixada na edição anterior, como uma espécie de reação ao internacionalismo e preocupação em tematizar os problemas internos do país, voltou-se para a questão da miséria e da destruição da natureza, numa palavra, para uma acepção ampla da noção de ecologia. Sob o tema 'A recuperação da paisagem', reuniram-se obras de Krajcberg, Roberto Evangelista, Bené Fonteles e do Grupo Etsedron (Nordeste de trás para frente)".  

FARIAS, Agnaldo (org.). Bienal 50 Anos, 1951-2001. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 2001, p.182

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